Como sabemos que você está chegando antes de abrir a porta

Por Ziggy – uma border collie, hiperativa e especialista em antecipar chegadas

Hoje vou revelar nosso segredo mais bem guardado:

Como sabemos que você está chegando… antes mesmo de você abrir a porta!

Misticismo?
Telepatia?

Nada disso!

É pura biologia, ciência e instinto — e um pouco de estilo, é claro.

Vou tentar ser bem didática para você compreender.

O cheiro

Primeiro, humano… não subestime o nosso olfato.

Você, coitado, tem cerca de 5 milhões de receptores olfativos.
Eu? Algo entre 100 e 250 milhões.

Isso significa que posso perceber o cheiro que você deixa no ar, mesmo que esteja a metros de distância, ou através de várias paredes. Consigo até, sentir cheiros diferentes em cada narina.

Além disso, temos o órgão vomeronasal — aquele que analisa partículas químicas do ambiente com uma precisão que vocês nem imaginam.

Então…

Mesmo que você tenha tomado banho;
Passado perfume;
Trocado de roupa…

Eu reconheço a sua essência.

Cada humano tem um “cheiro assinatura” e quando ele começa a invadir o prédio ou o hall do elevador…

Eu já sei:

“Lá vem.”

Não é mágica.
É ciência pura, embalada pela minha sensibilidade canina.

Os sons

Além de ter um cheiro próprio, cada humano também tem uma assinatura sonora:

É a forma como pisa na calçada;
O barulho que faz com a chave;
O jeito que respira, carrega sacolas, pigarreia…

Tudo isso: eu memorizo e identifico!

Pode tentar andar na ponta dos pés…
Não adianta.

O relógio interno

Humano, você pode até não confiar no seu despertador, tudo bem, eu entendo.

Mas EU confio no meu relógio biológico.

Eu sei que, geralmente, às 18h37 meu tutor está chegando.

Pode atrasar um pouco? Pode.

Mas se passar muito… já começo a desconfiar.

(E confesso… fico ali, deitada perto da porta, com a orelha em pé.)

O nosso “sexto sentido”

Não… não é magia.

É uma combinação de:

Olfato apuradíssimo;
Audição supersensível;
Leitura corporal — eu percebo até sua hesitação na porta;
E aquele olhar focado no nada que você acha que é meio sobrenatural… e talvez seja mesmo.

Para cada pessoa, uma reação diferente

E aqui vai a parte mais divertida…

Eu reajo diferente pra cada pessoa da casa.

Para a minha humana preferida?

Quando ouço a chave dela, eu:

Corro pra porta;
Dou pulinhos;
Giro em círculos;
Pego meu brinquedo favorito e faço uma apresentação completa!

Ela merece.

Já o humano que não interage muito comigo…

Só levanto a cabeça do tapete, abro um olho e penso:

“Ah… é ele.”

E volto a dormir.

Por que fazemos isso?

Humano, a nossa reação depende:

Do vínculo que temos com cada pessoa;
Da frequência e o tipo de interação;
Do que esperamos que essa pessoa traga:

  • Carinho?
  • Brinquedo?
  • Banho?

Não é que não gostemos da pessoa quando não reagimos com euforia.

Só ajustamos nossa energia conforme o histórico que temos com cada um.

Simples, prático e eficiente.

O que sentimos quando você chega?

Alegria?
Sempre.

Alívio?
Claro.

Expectativa?
Com certeza!

Mesmo que, às vezes, eu não demonstre correndo — talvez só com um levantar de orelha… saiba:

Eu sempre sei quando você está chegando.

Então, humano…

Da próxima vez que abrir a porta e me encontrar ali, parado, olhando pra você, com aquela cara de:

“Demorou, hein?”

Lembre-se:

Eu já sabia que você vinha.

Só estava decidindo se você merece que eu levante… ou que eu fique só aqui, deitada, olhando com superioridade.

Com pulos, giros e, às vezes, um simples olhar,

Ziggy

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *