Por Juquinha – O pequeno grande herói de 2kg e amor exclusivo.
Vamos conversar.
Você sabe que eu sou pequeno, né? Mas dentro deste peito peludo bate um coração valente — e, às vezes, um pouquinho sensível demais. Especialmente quando você resolve fazer carinho em outro cachorro, sem nem disfarçar.
É sobre isso que quero falar hoje: ciúmes.
Sim, nós sentimos. Não, não é drama. É só… emoção concentrada nesse pequenino corpo.
Eu vejo tudo, tá?
Você acha que eu não percebo quando o cheiro do outro fica na sua mão? Quando você chega da rua com aquele perfume estranho de outro focinho? Eu percebo de longe.
E meu rabo para de abanar, minhas orelhas baixam sum pouquinho… Mas você ignora. Pior: ainda pergunta “o que foi, Juquinha?”
O que foi?
Não é que eu não goste dos outros…
Olha, eu sou sociável. Brinco com a Shiva, com a Cookie, até com estranhos. Mas meu amor por você é exclusivo. E o que eu espero em troca? Um lugar só meu. Nem que seja no canto do seu colo. Ou do seu coração.
A Cookie diz que é “apego inseguro”.
O Banzé chama de “relação simbiótica disfuncional”.
Eu chamo de: “você é meu humano e fim”.
Sinais clássicos de ciúmes (anota aí)
- Me interponho fisicamente entre você e o outro pet.
- Faço cara de “nada a ver” enquanto dou leves empurradinhas.
- Lati sem motivo? Tinha motivo. Você é que não entendeu.
- Roubo aquele brinquedo que nunca quis… só porque ele quis.
- Sento no seu pé. Isso é um alerta passivo-agressivo.
O que eu preciso de você
Não é que eu não queira compartilhar seu carinho com os outros. Só preciso da minha parte garantida. Uma palavra gentil, um cafuné prioritário, um “esse aqui é meu Juquinha” na frente dos outros.
Porque, veja bem, a gente não tem rede social pra marcar território. A gente tem olfato, presença e olhar intenso de “me nota!”.
E no fundo…
No fundo, ciúmes é só amor com medo de ser esquecido.
Então, humano, da próxima vez que for dividir seu afeto por aí, lembra de mim. De como eu fui o primeiro a pular no seu colo quando você chegou do trabalho. De como te protejo de folhas voadoras e aspiradores do mal. E de como, mesmo cabendo num braço, eu quero ocupar o seu mundo inteiro.
Com exclusividade,
Juquinha.